quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Os efeitos devastadores das drogas vêm a público com Amy Winehouse

A cantora ilustra os danos causados pelos tóxicos a dificuldade de vencer o ví­cio



Um dos maiores sucessos pop da atualidade anda causando muitos comentários na mí­dia, e não às são pelos sucessos de suas músicas. Amy Winehouse chama atenção por ser usuária e dependente de drogas, mostrando na aparéncia os prejuí­zos os efeitos tóxicos do consumo.A cantora perdeu muitos quilos, apresenta sinais claros de confusão mental e sofre com os diversos problemas que as substáncias quí­micas provocam na saúde. A psicologa especializada em dependentes quí­micos em recuperação e fundadora do Projeto Esporte e Recuperação, Gabriela Felix, explica que as drogas não causam danos apenas fiscos, mas também psicológicos e sociais. Dentro dos danos fí­sicos, encontramos a famosa cirrose hepática, o enfisema pulmonar e danos cerebrais. Entre os prejuí­zos psicológicos, estão a deficiência cognitiva e/ou transtornos de humor e de personalidade, o que costuma-se chamar de co-morbidade, uma vez que são transtornos mentais, associados a dependência quí­mica. Entre os danos sociais, encontramos o isolamento do usuário, preconceito e discriminação, essas pessoas dificilmente são vistas como cidadões possuidoras de direitos .A dependência fí­sica é complicada de ser controlada. Além do acompanhamento profissional, muita força de vontade é necessária para vencer a dependência. Ela acontece quando o sistema nervoso central se habitua a funcionar apenas com a ingestão da droga. Tal processo engloba o sistema de recompensa, ou seja, a ingestão da droga libera determinados neurotransmissores no cérebro, que são responsáveis pela sensação de prazer sentida quando há o consumo da droga , afirma a psicóloga.Na falta das substáncias, o organismo responde em crise de abstinência, o que pode desencadear vários sintomas como dores, tonturas e náuseas. Nos casos mais graves, a morte acaba acontecendo. Desta forma, entende-se que o organismo depende, fisicamente, da droga para funcionar, ele não consegue trabalhar normalmente sem ela. Por isso a necessidade de tratamento especializado e, muitas vezes, da ingestão de medicamentos para controlar a sí­ndrome.Carlos Alberto Gomes Franceschini, um dependente quí­mico em recuperação, afirma que é quase insuportável aguentar as crises de abstinência, mas explica que com muita força de vontade é possí­vel vencer a luta contra as drogas. Passei por duas internações e por diversos tratamentos para conseguir minha recuperação.Esta decisão exige um compromisso diário .Outro risco bem conhecido que envolve o uso de drogas é a overdose, problema que acontece quando a ingestão de componentes quí­micos passa dos limites tolerados pelo organismo. A overdose é um colapso do organismo humano quando há ingestão abusiva de drogas. Ela tende a acontecer em usuários mais antigos, que precisam consumir cada vez mais droga para atingir os efeitos obtidos na fase inicial do ví­cio , afirma Gabriela Felix.Dependentes De acordo com a psicóloga o termo dependência de drogas é exatamente o que acontece quando uma pessoa se transforma em um viciado, chegando até mesmo a viver em função dessas substáncias, pensando como conseguir mais e mais. Essa condição se instala depois de algum tempo de uso, fazendo com que o usuário troque suas atividades rotineiras por preocupações ligadas a aquisição e ao consumo das drogas , diz Gabriela. O usuário acaba reduzindo seu cí­rculo de relacionamentos interpessoais, passando a conviver cada vez mais com usuários e, por vergonha, fugindo ou se escondendo de quem não consome as substáncias. Os medos e problemas dos dependentes quí­micos são inúmeros, tais como fantasias de incapacidade perante dores e frustrações. Eles temem não conseguir reconquistar a confiança da famí­lia, dos amigos, temem o eterno isolamento social, acreditam não serem merecedores de alegrias , diz Gabriela.Todos esses sentimentos são acentuados no processo de recuperação enfrentam, quando é comum haver lapsos e recaí­das. O problema é que, nem sempre, o próprio usuário e as pessoas que apostam na força de vontade de vontade dele lidam bem com o retrocesso. Brigas, discussões e a ansiedade dificultam a retomada depois de um episódio como esse. A desinformação também atrapalha muito o tratamento. Além do dependente quí­mico, é preciso que a famí­lia e os amigos envolvam-se com todas as etapas de abandono do ví­cio. É um gesto de amor a vida acreditar que uma pessoa, após fazer uma escolha errada, possa repará-la. As dificuldades, sem dívida, são grandes. Mas com ánimo para enfrentá-las, tudo fica mais fácil e passa mais rapidamente.

Fonte : www.minhavida.com.br

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