sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Brasil


Cazuza

Composição: Cazuza / Nilo Roméro / George Israel

Não me convidaram Pra esta festa pobre Que os homens armaram Pra me convencer Apagar sem ver Toda essa droga Que já vem malhada Antes de eu nascer... Não me ofereceram Nem um cigarro Fiquei na porta Estacionando os carros Não me elegeram Chefe de nada O meu cartão de crédito É uma navalha... Brasil! Mostra tua cara Quero ver quem paga Pra gente ficar assim Brasil! Qual é o teu negócio? O nome do teu sócio? Confia em mim... Não me convidaram Pra essa festa pobre Que os homens armaram Pra me convencer Apagar sem ver Toda essa droga Que já vem malhada Antes de eu nascer... Não me sortearam A garota do Fantástico Não me subornaram Será que é o meu fim? Ver TV a cores Na taba de um índio Programada Prá só dizer "sim, sim" Brasil! Mostra a tua cara Quero ver quem paga Pra gente ficar assim Brasil! Qual é o teu negócio? O nome do teu sócio? Confia em mim... Grande pátria Desimportante Em nenhum instante Eu vou te trair Não, não vou te trair... Brasil! Mostra a tua cara Quero ver quem paga Pra gente ficar assim Brasil! Qual é o teu negócio? O nome do teu sócio? Confia em mim...(2x) Confia em mim Brasil!!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

História de Goiás


Em homenagem ao grande número de Acessos a este site.

História

A história de Goiás tem como ponto de partida o final do século XVII, com a descoberta das suas primeiras minas de ouro, e início do século XVIII. Esta época, iniciada com a chegada dos bandeirantes, vindos de São Paulo em 1727, foi marcada pela colonização de algumas regiões.

O Contato com os índios nativos e o negros foi fator decisivo na formação da cultura do Estado, deixando como legado principal cidades históricas como Corumbá, Pirenópolis e Goiás, antiga Vila Boa e posteriormente capital de Goiás. O início dos povoados coincide com o Ciclo de Ouro, minério amplamente explorado nessa época. Eles prosperaram e hoje são cidades que apresentam, por meio de seu patrimônio, a história de Goiás.

As Bandeiras

Goiás era conhecido e percorrido pelas bandeiras já no primeiro século da colonização do Brasil. Mas seu povoamento só ocorreu em virtude do descobrimento das minas de ouro (século XIII). Esta povoação, como todo povoamento aurífero, foi irregular e instável.

As primeiras bandeiras eram de carácter oficial e destinadas a explorar o interior em busca de riquezas minerais, e outras empresas comerciais de particulares organizadas para captura de índios. Costumava-se dizer que o Bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, foi o descobridor de Goiás.

Mas isso não significa que ele foi o primeiro a chegar no estado, e sim, o primeiro a ter intenção de se fixar aqui. A bandeira saiu de São Paulo em 3 de julho de 1722. O caminho já não era tão difícil como nos primeiros tempos. Em 1726, foi fundado, pelo próprio Bartolomeu Bueno, o primeiro vilarejo da região, denominado Arraial da Barra.

Conta a lenda que diante da negativa dos índios de informar-lhe sobre o lugar de onde retiravam as peças de ouro com que se adornavam, Bartolomeu Bueno da Silva despejou aguardente num prato e a queimou, dizendo aos indígenas que o mesmo faria com a água de todos os rios e nascentes da região, caso não lhe fossem mostradas as minas. Apavorados, os índios o levaram imediatamente às jazidas, chamando-o anhangüera, que significa feiticeiro no idioma nativo. Com esse nome Bartolomeu Bueno da Silva e seu filho passaram à história. Após esse fato, foram inúmeras as expedições que partiram em direção a Goiás em busca das riquezas do subsolo da região.

No dia 25 de outubro de 1425, após três anos, os bandeirantes voltaram triunfantes a São Paulo, divulgando que haviam descoberto cinco córregos auríferos, minas tão ricas como as de Cuiabá, com ótimo clima e fácil comunicação.

Povoamento de Goiás

Poucos meses após a volta da Bandeira, organizou-se em São Paulo uma nova expedição para explorar os veios auríferos. Bartolomeu, agora superintendente das minas, e João Leite da Silva Ortiz, como guarda-mor.

A primeira região ocupada foi a do Rio Vermelho. Fundou-se lá o arraial de Sant'ana, que depois seria chamado de Vila Boa, e mais tarde de Cidade de Goiás. Esta foi durante 200 anos a capital do território.

Nas proximidades de Sant'ana, surgiram numerosos arraiais às margens dos córregos e rios, como centros de garimpo: Barras, Ferreiro, Anta, Ouro Fino, Santa Rita, etc. Ao divulgar-se a riqueza das minas recém - descobertas, surgiram gente de toda parte do país.

Época do Ouro em Goiás

A época de Ouro em Goiás foi intensa e breve. Após 50 anos, verificou-se a decadência rápida e completa da mineração. Por outro lado, só se explorou o ouro de aluvião, isto é, das margens dos rios, e a técnica empregada era rudimentar.

A sociedade Goiana da Época de Ouro

Goiás pertenceu até 1749 à capitania de São Paulo. A partir desta data, tornou-se capitania independente. No aspecto social a distinção fundamental foi entre livres e escravos, sendo estes em menor número do que aqueles no início da colonização das minas. A população, contudo, continuou composta por negros e mulatos na sua maioria.

Transição da Sociedade Mineradora para Sociedade Pastoril

Ao se evidenciar a decadência do ouro, várias medidas administrativas foram tomadas por parte de governo, sem alcançar no entanto resultado satisfatório.

A economia do ouro, sinônimo de lucro fácil, não encontrou, de imediato, um produto que a substituísse em nível de vantagem econômica.

A decadência do ouro afetou a sociedade goiana, sobretudo na forma de ruralização e regresso a uma economia de subsistência.

A independência de Goiás

Assim como no Brasil, o processo de independência de Goiás se deu gradativamente. A formação de juntas administrativas, que representam um dos primeiro passos nesse sentido, deram oportunidade às disputas pelo poder entre os grupos locais.

Especialmente sensível em Goiás, reação do Norte que, se julgando injustiçado pela falta de assistência governamental, proclamou sua separação do Sul. Em 1744, a região, antes pertencente ao Estado de São Paulo, foi separada e elevada à categoria de província.

Goiás e a Mudança de Capital

A partir de 1940, Goiás cresce rapidamente: a construção de Goiânia, o desbravamento do Mato Grosso goiano, a campanha nacional de "marcha para o oeste", que culmina na década de 50 com a construção de Brasília, imprimem um ritmo acelerado ao progresso de Goiás.

A população se multiplicava; as vias de comunicação promovem a integração de todo país e dentro do mesmo Estado; assiste-se a uma impressionante explosão urbana, com o desenvolvimento concomitante de todos os tipos de serviços (a educação especialmente).

Na década de 80, o estado apresenta um processo dinâmico de desenvolvimento. grande exportador de produção agropecuária, Goiás vem se destacando pelo rápido processo de industrialização. Hoje, ele está totalmente inserido no processo de globalização da economia mundial, aprofundando e diversificando, a cada dia, suas relações comerciais com os grandes centros comerciais.

Em 1988, o norte do Estado foi desmembrado, dando origem ao Estado do Tocantins.

O nome do Estado origina-se da denominação da tribo indígena ‘guaiás’, que por corruptela se tornou Goiás. Vem do termo tupi gwa ya que quer dizer indivíduo igual, gente semelhante, da mesma raça.

Fontes: História de Goiás por Luís Palacin e
Maria Augusta de Sant'ana Moraes, Editora UFG - 1989.
Ministério das relações exterio
http://www.rootsweb.ancestry.com/~brawgw/go/mapago.html

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Desperdício continua...


Uma torneira gotejando gasta até 46 litros por dia, ou seja, 1.380 litros por mês. Um fio de água com cerca de 2 milímetros totaliza 4.140 litros num mês. Um fio de 4 milímetros gasta 13.260 litros por mês. Assim, verifique se as torneiras de sua casa estão fbem fechadas para evitar o desperdício.

Fonte: guia dos curiosos

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Parabéns Professores


O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. Mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no Brasil.

No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.

Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.

Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.

O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.

A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

É falta de educação aplaudir o hino nacional?


Não. Na lei n° 5 700, de 1971, exige-se apenas uma atitude de respeito durante a sua execução. Os críticos dessa atitude consideram um exagero bater palmas para o próprio hino. Dizem que é como aplaudir a si mesmo, fazendo uma demonstração patriótica exagerada.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A violência que ninguém quer ver


De um modo geral, a forma de chamar a atenção sobre alguma coisa - principalmente de fatos que não se quer ver ou de realidades que não se quer enxergar - é trazer números ou relatar casos concretos.

No entanto, em tema ligado à sexualidade, os dados jamais espelham a verdade. Quando o assunto se refere a crimes sexuais, crimes que acontecem dentro do lar, crimes cometidos contra crianças por pais, padrastos, tios ou avós, os números são sempre subdimensionados.

Trata-se de fato cujo nome ninguém sequer gosta de pronunciar. Aliás, é delito que nem nome tem e até parece que não existe, pois nem se encontra tipificado no Código Penal.

Este crime de que ninguém fala, que ninguém quer ver chama-se incesto!

O abuso sexual contra crianças e adolescentes é um dos segredos de família mais bem guardados, sendo considerado o delito menos notificado. Tudo é envolto em um manto de silêncio, por isso é muito difícil estabelecer uma estimativa que permita uma idéia a respeito de números.

Assim, é difícil se ter uma idéia dessa perversa realidade.

Os americanos, que têm a mania de proceder a levantamentos e fazer estatísticas, avaliam que apenas 10 a 15% dos casos de incesto são revelados. Ainda assim, os números são chocantes: 20% das mulheres e entre 5 a 10% dos homens foram vítimas de abuso sexual na infância ou na adolescência. Outro dado: o menor número de relações abusivas envolvendo meninos como vítima decorre da dificuldade da denúncia, em virtude da discriminação, ou seja, a vítima pode ser rotulada de homossexual.

Não há nenhum motivo para acreditar que esses números não refletem a realidade brasileira. Aqui, só há informações a partir do registro de ocorrências levadas a efeito depois da denúncia, e os dados apurados não são menos impactantes:

 90% dos delitos são cometidos por homens que as vítimas amavam, respeitavam, neles confiando;

 69,6% dos agressores é o próprio pai;

 29,8% é o padrasto;

 0,6% é o pai adotivo;

 não há registro de abuso por parte de pais homossexuais.

Esses números acabam com um mito: nem o vínculo de sangue nem a orientação sexual têm qualquer significado. Também revelam que o perigo está muito mais dentro de casa, e as crianças são sempre advertidas a terem cuidado com os estranhos: não falar com ninguém na rua, não aceitar balas ou bebidas e muito menos carona de quem não se conhece.

Não faz parte de nossa cultura prevenir os filhos que não deixem ninguém fazer com eles o que os namorados fazem. Sequer as inadequadas cenas de sexo explícito que invadem diariamente a televisão são aproveitadas para fins educacionais. Fica um clima de constrangimento, um silêncio embaraçoso, e a cena é chancelada como aceitável. Como a criança não tem capacidade para estabelecer limites, não consegue reconhecer quem são os atores que podem participar dessas encenações na vida real.

Cabem, agora, os exemplos prometidos.

Denunciado o incesto, normalmente a vítima é institucionalizada enquanto o abusador fica solto, à espera do julgamento do processo criminal, pois, quando o indiciado tem residência fixa e trabalha, não permanece preso durante a instrução do processo.

O sentimento da vítima torna-se bastante ambivalente: sente-se culpada, pois, de um modo geral, é pela mãe responsabilizada pelo esfacelamento da família ou é acusada de ter provocado o abuso. Aliás, essa é a forma que a genitora encontra de livrar-se da culpa por não se ter dado conta do que estava acontecendo. É mais fácil culpar a filha.

Além do sentimento de culpa, surge na vítima a percepção do abandono, pois é ela quem perde a família. Fica em um abrigo enquanto o abusador, muitas vezes, continua convivendo com a família. Claro que isso gera na vítima uma enorme revolta, pois tem a sensação de ser a única punida: está presa enquanto o seu agressor está solto.

Dois episódios verdadeiros retratam as seqüelas geradas por essa situação.

Primeiro exemplo. Institucionalizada a vítima, o pai continuou solto, convivendo com a mãe e as outras irmãs. A vítima ficou com um enorme sentimento de revolta, porque se sentiu a única punida, além de ter a certeza de que o genitor passou a manter contato sexual com as outras filhas. Após um ano e meio em que permaneceu abrigada, seu pai foi condenado, por estupro presumido, à pena de seis anos. Mas ela sequer tomou consciência dessa condenação, pois perdeu completamente o controle mental e até hoje está internada em um nosocômio por distúrbios psíquicos. O réu, depois de cumprir uma parcela da pena, foi solto e voltou a residir com a família.

No segundo exemplo, a filha também foi institucionalizada, e a mãe separou-se do pai. Ele acabou absolvido por falta de provas, fato, aliás, dos mais comuns. Por culpar a filha, a mãe abandonou-a no abrigo onde estava internada. Quando completou 18 anos, precisou sair do abrigo e, como não tinha para onde ir, foi procurar o genitor - o único referencial de afeto que lhe sobrou, achando que saberia defender-se dele.

Esses relatos levam a questionar se institucionalizar a vítima é a solução. Será que, nessa espécie de delito, a forma de punir o réu é colocá-lo na cadeia ou a melhor saída é punir a vítima afastando-a da família?

Quem sabe a solução não esteja na chamada justiça restaurativa?

Já está mais do que provado que o encarceramento não é a forma de recuperar ninguém, principalmente em se tratando de delito sexual contra menores. São os réus discriminados pela população carcerária, que tem um código de honra e não tolera a convivência com eles.

É indispensável que não só o réu seja submetido a acompanhamento psicológico. Também a vítima e todos os integrantes da família necessitam de apoio, para romper o círculo da violência. Isso porque, das poucas certezas que existe, uma delas é que a vítima certamente será um abusador ou permitirá que a violência se perpetue com seus filhos.

Evidentemente, a solução não é fácil.

Todos continuam a tratar da família como se em um comercial de margarina, num modelo de família feliz, bem-estruturada, a sagrada família, que deve ser preservada como a célula mãe da sociedade.

Por ser praticado no silêncio do lar, o incesto é um crime que todos escondem, parece ser um fato sobre o qual ninguém pode falar, que não se deve discutir. É um crime que todos insistem em não ver, pois ninguém acredita que existe.

Está na hora de acabar com o pacto de silêncio e enfrentar esse que é um dos crimes mais democráticos, pois atinge a família de todas as classes sociais e níveis culturais.

Nesse tipo de delito, a Justiça acaba sendo conivente com o infrator, pois sempre procura culpabilizar a vítima, e o altíssimo índice de absolvições gera a consciência da impunidade. O juiz quer testemunhas para ter certeza da existência de crime, que acontece entre quatro paredes e busca provas materiais, quando não há vestígios. Não dá valor aos laudos sociais e psicológicos que, de forma eloqüente, mostram que os danos psíquicos são a mais evidente prova da prática do crime.

Há uma enorme dificuldade de emprestar credibilidade à palavra da vítima. Quando são crianças, costuma-se pensar que elas usam da imaginação ou que foram induzidas pela mãe a mentir. Quando são adolescentes, acredita-se que elas provocaram o abusador, seduziram-no, insinuaram-se a ele, justificando, assim, a prática do delito. Mostram os juízes uma certa excitação ao inquirirem as vítimas e sempre perguntam se elas sentiam prazer, como se esse fato tivesse alguma relevância para a configuração do delito. Com isso, a responsabilidade pelo crime passa a ser atribuída à vítima, e não ao réu. E, de uma maneira surpreendente, a absolvição por falta de provas é o resultado na imensa maioria dos processos.

Olvidam-se todos que o incesto é um crime cujo início é marcado por uma relação de afeto, um vinculo de confiança. São práticas que começam com carinhos, toques e carícias que a vítima recebe de uma pessoa que ela ama, que ela respeita e à qual deve obediência.

Todas as pessoas gostam de carinho, principalmente crianças, que não têm como imaginar a intenção de ordem sexual. Afinal, criança não tem malícia. Aliás, faz parte de sua vivência ver gestos afetivos na televisão, nos filmes, nas praças, e isso gera uma erotização prematura da vítima, que é despertada precocemente para a sexualidade. A correspondência afetiva e até a excitação e o orgasmo, não podem ser chamados de prazer sexual, pois fruto de estimulação mecânica. Tais ocorrências não podem ser atribuídas à vítima como prova de conivência ou de concordância. Ao contrário, quando tal ocorre o grau de perturbação é ainda maior. Ela sente vergonha e culpa, considera-se traída não só pelo abusador, mas também por seu próprio corpo.

Ao depois, tal delito não é praticado com o uso de violência, e, quando a vítima se dá conta de que se trata de uma prática erótica, simplesmente o crime já se consumou. A vítima é pega de surpresa e surge o questionamento de quando foi que tudo começou, vindo junto a vergonha de contar o que aconteceu, o sentimento de culpa de, quem sabe, ter sido conivente. Surge, então, o medo de não ser acreditada. Afinal, o agressor é alguém que ela quer bem, que todos querem bem, que a mãe e toda a família amam e respeitam, pois geralmente é um homem honesto e trabalhador que sustenta a família, e é benquisto na sociedade e respeitado por todos. Quem daria credibilidade à palavra da vítima?

O abusador passa a cobrar o silêncio e a cumplicidade da vítima, colocando em suas mãos a mantença da estrutura da família e a sua própria liberdade. Leva-a a acreditar que a genitora vai ficar com ciúme, pois ele a ama mais do que à mãe, e ninguém vai entender esse amor "especial". Muitas vezes, a vítima se sujeita em virtude da ameaça do abusador de que ele passará a manter relações incestuosas com as outras filhas menores, o que inibe a denúncia. Resta o medo de provocar o esfacelamento da família e, com isso, gerar dificuldades a todos. Receia ser afastada de casa, tendo de ir para um abrigo. Também teme ser acusada de ter seduzido o agressor, ser questionada de por que não denunciou antes. Assim, cala por medo de ser considerada culpada pelo que aconteceu.

No atual processo penal, a vítima é ouvida mais de uma vez e, em cada depoimento, revive os fatos, sofrendo nova violência. É revitimizada cada vez que precisa relatar perante estranhos tudo o que aconteceu. No fim, como já está cansada de repetir a mesma história, de ser sempre perguntada sobre o que quer esquecer, mente para terminar logo com tudo aquilo. Essas contradições geralmente ensejam um juízo de absolvição por ausência de prova...

Assim, mesmo vencendo todas essas barreiras, a denúncia do incesto não leva nem à prisão provisória do abusador, nem muito menos garante sua condenação.

Talvez não caiba aqui perguntar por que ocorre o incesto. Mas é óbvio que o modelo da família patriarcal, em que o homem exerce o poder, e todos os seus membros lhe devem obediência, facilita a ocorrência do incesto, que acaba por receber a chancela da própria família, da sociedade e do Estado. Concorre também para isso o sentimento de menos valia que sempre cercou a mulher, historicamente considerada propriedade do homem.

Ainda que seja uma prática que acompanha a história da humanidade, parece estar havendo um aumento da violência sexual incestuosa. Essa impressão, no entanto, não é verdadeira. O que está ocorrendo é uma maior visibilidade da violência contra a mulher.

A condição de absoluta sujeição a que sempre foram submetidas as mulheres fez com que todos os temas do universo feminino também ficassem submersos. A mulher foi educada para ser obediente, dócil, recatada. Foi criada para casar, sabendo que deveria sempre ceder ao desejo sexual do marido, submetendo-se ao débito conjugal.

Como as mulheres sequer tinham acesso à educação, não havia como seu interior ser revelado. A participação das mulheres no mundo das letras permitiu que elas passassem a denunciar a violência sexual de que historicamente sempre foram vítimas, inclusive desde a tenra idade no ambiente doméstico. Por isso, não se pode negar o decisivo papel do movimento feminista, que, ao buscar a igualdade, fez emergir tudo o que havia de podre no reinado feminino do lar.

Com o desenvolvimento da sociedade, o homem passou a ter maior participação no cuidado com os filhos, e essa aproximação vem despertando o sentimento paternal de modo mais intenso, o que leva ao afastamento do desejo de ordem sexual.

Mas algo precisa ser feito.

Está na hora de romper o pacto de silêncio.

É necessário por um fim à erotização precoce da infância, pois banaliza a sexualidade e torna as crianças presas mais fáceis do abuso sexual.

E a responsabilidade é nossa.



quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Os efeitos devastadores das drogas vêm a público com Amy Winehouse

A cantora ilustra os danos causados pelos tóxicos a dificuldade de vencer o ví­cio



Um dos maiores sucessos pop da atualidade anda causando muitos comentários na mí­dia, e não às são pelos sucessos de suas músicas. Amy Winehouse chama atenção por ser usuária e dependente de drogas, mostrando na aparéncia os prejuí­zos os efeitos tóxicos do consumo.A cantora perdeu muitos quilos, apresenta sinais claros de confusão mental e sofre com os diversos problemas que as substáncias quí­micas provocam na saúde. A psicologa especializada em dependentes quí­micos em recuperação e fundadora do Projeto Esporte e Recuperação, Gabriela Felix, explica que as drogas não causam danos apenas fiscos, mas também psicológicos e sociais. Dentro dos danos fí­sicos, encontramos a famosa cirrose hepática, o enfisema pulmonar e danos cerebrais. Entre os prejuí­zos psicológicos, estão a deficiência cognitiva e/ou transtornos de humor e de personalidade, o que costuma-se chamar de co-morbidade, uma vez que são transtornos mentais, associados a dependência quí­mica. Entre os danos sociais, encontramos o isolamento do usuário, preconceito e discriminação, essas pessoas dificilmente são vistas como cidadões possuidoras de direitos .A dependência fí­sica é complicada de ser controlada. Além do acompanhamento profissional, muita força de vontade é necessária para vencer a dependência. Ela acontece quando o sistema nervoso central se habitua a funcionar apenas com a ingestão da droga. Tal processo engloba o sistema de recompensa, ou seja, a ingestão da droga libera determinados neurotransmissores no cérebro, que são responsáveis pela sensação de prazer sentida quando há o consumo da droga , afirma a psicóloga.Na falta das substáncias, o organismo responde em crise de abstinência, o que pode desencadear vários sintomas como dores, tonturas e náuseas. Nos casos mais graves, a morte acaba acontecendo. Desta forma, entende-se que o organismo depende, fisicamente, da droga para funcionar, ele não consegue trabalhar normalmente sem ela. Por isso a necessidade de tratamento especializado e, muitas vezes, da ingestão de medicamentos para controlar a sí­ndrome.Carlos Alberto Gomes Franceschini, um dependente quí­mico em recuperação, afirma que é quase insuportável aguentar as crises de abstinência, mas explica que com muita força de vontade é possí­vel vencer a luta contra as drogas. Passei por duas internações e por diversos tratamentos para conseguir minha recuperação.Esta decisão exige um compromisso diário .Outro risco bem conhecido que envolve o uso de drogas é a overdose, problema que acontece quando a ingestão de componentes quí­micos passa dos limites tolerados pelo organismo. A overdose é um colapso do organismo humano quando há ingestão abusiva de drogas. Ela tende a acontecer em usuários mais antigos, que precisam consumir cada vez mais droga para atingir os efeitos obtidos na fase inicial do ví­cio , afirma Gabriela Felix.Dependentes De acordo com a psicóloga o termo dependência de drogas é exatamente o que acontece quando uma pessoa se transforma em um viciado, chegando até mesmo a viver em função dessas substáncias, pensando como conseguir mais e mais. Essa condição se instala depois de algum tempo de uso, fazendo com que o usuário troque suas atividades rotineiras por preocupações ligadas a aquisição e ao consumo das drogas , diz Gabriela. O usuário acaba reduzindo seu cí­rculo de relacionamentos interpessoais, passando a conviver cada vez mais com usuários e, por vergonha, fugindo ou se escondendo de quem não consome as substáncias. Os medos e problemas dos dependentes quí­micos são inúmeros, tais como fantasias de incapacidade perante dores e frustrações. Eles temem não conseguir reconquistar a confiança da famí­lia, dos amigos, temem o eterno isolamento social, acreditam não serem merecedores de alegrias , diz Gabriela.Todos esses sentimentos são acentuados no processo de recuperação enfrentam, quando é comum haver lapsos e recaí­das. O problema é que, nem sempre, o próprio usuário e as pessoas que apostam na força de vontade de vontade dele lidam bem com o retrocesso. Brigas, discussões e a ansiedade dificultam a retomada depois de um episódio como esse. A desinformação também atrapalha muito o tratamento. Além do dependente quí­mico, é preciso que a famí­lia e os amigos envolvam-se com todas as etapas de abandono do ví­cio. É um gesto de amor a vida acreditar que uma pessoa, após fazer uma escolha errada, possa repará-la. As dificuldades, sem dívida, são grandes. Mas com ánimo para enfrentá-las, tudo fica mais fácil e passa mais rapidamente.

Fonte : www.minhavida.com.br

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Eu voltarei !!!

Fonte: http://baptistao.zip.net/

Ainda bem que acabou, mas infelizmente vem o Segundo turno...

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Presidente do STF diz que não é necessário mudar Constituição para controlar grampos


No dia do início das comemorações dos 20 anos da Constituição Federal, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, negou que sejam necessárias mudanças no texto constitucional para combater a indústria das escutas ilegais no país. Para o ministro - que participou do lançamento do Anuário da Justiça Paulista na noite desta segunda-feira - apesar da crise dos grampos, o Brasil deve comemorar duas décadas de "normalidade institucional".

"Não acredito que seja necessário nenhuma reforma no texto constitucional. Nós podemos fazer correções a partir do próprio texto legal, reinterpretações, que nós façamos no âmbito do Judiciário", afirmou Mendes, em São Paulo.

Recentemente, o presidente do STF e o senador Demóstenes Torres (DEM-TO) foram grampeados ilegalmente.

Ontem, o presidente do STF participou da abertura do evento de comemoração aos 20 anos da Constituinte, onde afirmou que a data é válida para avaliar o que já foi feito e os desafios ainda a serem enfrentados.

"Temos algo a comemorar. Estamos celebrando 20 anos de normalidade institucional em quadros difíceis: passamos por um Impeachment [do então presidente Fernando Collor de Melo], por sucessivos problemas econômicos e financeiros, e chegamos aqui, dentro de um quadro de normalidade institucional", disse o ministro.

"20 anos na República significam alguma coisa. É o mais longo período de normalidade institucional de vida republicana", completou.


Fonte: www.folhaonline.com.br

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Com pré-sal Brasil elimina pobres em 18 anos


A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) afirmou, durante discurso, que o dinheiro do pré-sal vai ajudar o Brasil a erradicar a pobreza em menos de 18 anos, segundo o blog do Josias.

Ao lado de diretores da Caixa Econômica Federal, ela afirmou que, valendo-se de programas já existentes - do "Bolsa Família" a projetos de infra-estrutura e educação - o país eliminaria definitivamente a miséria num prazo de 15 a 18 anos. O dinheiro seria usado "para encurtar o processo".

A própria Petrobras reconhece que as plataformas que extrairão óleo e gás do pré-sal só estarão operando em capacidade plena a partir de 2017. Segundo reportagem, ou Dilma possui informações privilegiadas ou deveria detalhar os planos de gasto do dinheiro que só começará a chegar daqui a nove anos.

Na semana passada, o gerente da Petrobras de Exploração e Produção para os projetos da área pré-sal, José Formigli, afirmou que a produção no pólo pré-sal em 2017 deverá ficar próxima de 1,2 milhão de barris/dia, com a entrada em produção de 11 platafomas de produção.

Os desafios tecnológicos que surgem com a exploração em camadas ultra-profundas na região do pré-sal não serão barreiras ao desenvolvimento desses projetos, garantiu Formigli.

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou nesta segunda-feira que a exploração na camada pré-sal vai exigir um esforço financeiro "gigantesco" nos próximos dez anos.

A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos).

O petróleo encontrado nesta área está a profundidades que superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo.

Fonte: www.folhaonline.com.br